quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Lixo Urbano: um problema de todos


Autor: Marcela Prado

Tudo aquilo que não nos serve mais e decidimos descartar vai para onde? Para o lixo, claro. O grande problema é que a quantidade de lixo produzida nas cidades tem  aumentado  consideravelmente,  atingindo  atualmente  o  número  de  1,3  kg  de
lixo/pessoa.

Não bastasse isso, as cidades estão carentes de coletas seletivas, aterros sanitários, unidades de reciclagem, ou seja, meios que podem minimizar o impacto da produção do lixo urbano em nossos municípios.Mas engana-se  aquele  que  pensa  que  o  problema  é  somente  dos governantes e não é bom gestor quem culpa a população pela alta produção e descarte inadequado do lixo. Na verdade, o problema é de todos!

Hoje o lixo urbano está tão diferenciado, que tornou-se extremamente importante a coleta seletiva, mas de que adianta o cidadão fazer a seleção em sua residência se a administração municipal ao arrecadar o lixo junta todas as sacolas em um
único lugar?

Por outro lado, ao separar o lixo produzido em nossas casas, seguindo a orientação daquelas lixeirinhas coloridas, onde se pode depositar separadamente metal, vidro, papel e plástico, nos dias atuais, já temos locais de coleta para o processamento dos materiais recicláveis, basta enviar cada um ao seu lugar correto.
Tratando ainda do lixo urbano, é necessária a disponibilização por parte do poder público de ao menos um aterro sanitário, que é o local preparado para recebimento dos resíduos sólidos urbanos, ou seja, aqueles não perigosos, domésticos, e deve ser dotado de toda uma estrutura física e de pessoal, afinal o lixo não pode prejudicar o meio ambiente, tampouco a saúde de quem lida com ele.

Os aterros sanitários tem o solo preparado para receber esse tipo de lixo,de maneira que seu entorno não seja contaminado e há um controle sobre a emissão dos gases decorrentes de tal descarte.

Mas sabia que os lixos descartados nos aterros não podem ficar à céu aberto? Isso é uma irregularidade bastante corriqueira nos municípios, que infelizmente a

gente vê e acredita tratar-se de procedimento normal. Se um aterro de pequeno porte, ou seja, quando a produção diária é de até 20 toneladas2, permanecer à céu aberto, imagine o prejuízo ao meio ambiente e à população próxima deste local.

​O lixo urbano tornou-se um problema tão sério, que a cada dia surgem novos meios de diminuir o impacto causado ao meio ambiente, tais como, as unidades de compostagem, unidade de tratamento mecânico, unidades de autoclavagem, entre outros.

Diante de tantas maneiras de se descartar o lixo urbano e que podem ser utilizadas por pessoas físicas e jurídicas, públicas e privadas, a soma dos esforços de todos nós pode sim diminuir o impacto ambiental causado pelo excesso de descarte praticado diariamente em nossas casas e cujos efeitos serão sentidos por cada um de nós num futuro não muito distante.

Marcela Prado é especialista em Direito Ambiental Urbano

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