No programa Confronto de
Ideias da próxima segunda-feira (14/03) a pauta é a educação superior em Mato
Grosso, mais especificamente os novos rumos da Universidade Federal de Mato
Grosso (UFMT). O tema é espinhoso: Qual o futuro da UFMT?
Na briga pela reitoria,
quatro candidatos: João Carlos Maia (Chapa 1 - Inova UFMT), Paulo Teixeira
(Chapa 2 - UFMT Mais 50), Sérgio de Paulo (Chapa 3 - Universidade Proativa) e Myrian
Serra (Chapa 4 – Diálogo e Ação).
Este será o último debate antes da eleição que
acontecerá na terça-feira dia 15/03. Já foram realizados debates em várias
regiões do estado: Hospital Júlio Müller, em Cuiabá; no campus de Sinop, nos
campi do Araguaia, no campus de Rondonópolis e no campus de Cuiabá (e Várzea
Grande).
Plataforma dos
candidatos
Para João Maia a inovação
da universidade é o principal ponto para melhorar a instituição. “A nossa
plataforma é tentar mostrar para a sociedade que nós temos competência suficiente
para inovar nos nossos processos. Nós temos que ter uma universidade proativa,
moderna. Estamos no século XXI, no qual as tecnologias têm que servir de base
para o andamento dos processos e dos produtos que nós temos na UFMT. Então, o
principal foco mesmo é ter uma universidade inovadora. É usar do nosso
conhecimento para benefício da nossa academia.”, explica Maia
Paulo Teixeira afirma que
tem muito trabalho a ser realizado. ”Nosso propósito principal é propor
políticas para a melhoria da qualidade da nossa instituição. Ela se dá em
alguns eixos: primeiramente, buscando investir na qualificação do nosso corpo
docente e técnico administrativo. Nós temos apenas 66% de doutores na
universidade. Vamos tentar avançar nesse quesito. Precisamos também melhorar as
condições de sala de aula, de laboratório, investir em novas tecnologias de
informação para melhorar também as nossas aulas. Criar um sistema de
acompanhamento de egressos. Isso é importante para que a gente meça a
relevância do nosso ensino, e aumente a nossa interlocução com a sociedade. A
nossa proposta prevê a participação dos movimentos sociais e de entidades de
classe nos nossos conselhos, Consuni, Consepe. A internacionalização é outra
estratégia importante para a melhoria da qualidade do ensino, da pesquisa e da
extensão. Nosso foco tem sido excessivamente no ensino e nós precisamos focar
mais na aprendizagem. Queremos radicalizar na transparência e nos processos
participativos, ainda que tenham melhorado muito nos últimos anos na universidade.
Somos parceiros nas lutas dos campi do interior. Àqueles que quiserem buscar
autonomia, nós estamos juntos nesse processo. Temos o compromisso de implantar
um processo participativo de escolha de pró-reitores no interior... enfim, tem
bastante coisa”, reforça.
Sérgio de Paulo quer uma
universidade proativa. “O que quer dizer isso? Que temos uma perspectiva, um
desejo da universidade assumir uma postura mais ativa no processo de
desenvolvimento do país. A UFMT, principalmente, nos últimos 16 anos, que é o
período que o grupo atual está na administração superior, se fechou para a
sociedade. E uma característica fundamental não só da UFMT, mas de todas as
universidades federais, é que elas deixaram de ser partícipes do processo de
desenvolvimento do país. Ou seja, os partidos políticos que ditam os caminhos
que o país está seguindo não ouvem a universidade, e as pessoas que detém o
conhecimento são as comunidades universitárias. São aquelas pessoas que têm
mais informação, mais esclarecimento, mais conhecimento, mais ciência. Então,
deveríamos ter um papel muito mais ativo no desenvolvimento do país, e não
temos, justamente porque não assumimos essa oportunidade e porque a
universidade tem uma postura muito respondente”, afirma o candidato
Myrian Serra acredita que
precisa haver mais diálogo. “Toda ação deve ser decidida
coletivamente. A plataforma de campanha é construída com base na autonomia da
universidade, que deve existir por meio de nossa democracia interna. Cada
desafio deve ser superado por soluções construídas de forma coletiva e
participativa para que a UFMT tenha significado para cada um de nós e para a
sociedade. Propomos uma universidade com qualidade acadêmica e administrativa,
pautada na melhoria das condições de trabalho e de desenvolvimento acadêmico da
comunidade universitária, com a pesquisa e a extensão como eixos de
consolidação para o ensino de graduação e de pós-graduação, valorizando, assim,
a política de gestão de pessoas, com formação e capacitação em todos os níveis,
de todos os servidores da UFMT”, finaliza.
CONFRONTO DE IDEIAS
O “Confronto de Ideias” é
uma iniciativa do Instituto Mato-grossense de Altos Estudos (IMAE) e do
Instituto Mark, em parceria com a TV Bandeirantes e apoio da Assembleia
Legislativa do Estado de Mato Grosso.
Além disso, ganhou força
por meio de um grupo do aplicativo WhatsApp, intitulado “GW 100+”, formado por
políticos, jornalistas, cientistas políticos, empresários e demais formadores
de opinião de Mato Grosso.
(Ieda Barros - Jornalista)
(Com
informações da Associação
dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso - ADUFMAT)
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