Segundo a OMS, 372 mil pessoas morrem afogadas no mundo anualmente. Brasil é o terceiro país com o maior número de casos, atrás apenas de Japão e Rússia
Os
milhares de quilômetros de extensão dos rios que correm em Mato Grosso
se tornaram objeto de trabalho da Assembleia Legislativa na tentativa de
reduzir os índices de acidentes e mortes de pessoas por afogamento.
Projeto de lei apresentado pelo deputado Wagner Ramos (PSD) tem o
objetivo de identificar de maneira permanente – por meio de placas com
alertas – as áreas consideradas de risco nas águas pertencentes ao
estado.
Dados que acabam de ser divulgados pela
Secretaria de Segurança Pública (Sesp) mostram que, nos últimos dez
meses, foram registradas oficialmente 87 mortes de pessoas nessas
circunstâncias, 24 delas nos rios da Baixada Cuiabana. O quadro também
aponta cerca de 30% no aumento de mortes por afogamento em relação ao
ano passado. Já no mesmo período de 2014, 56 pessoas perderam a vida nas
mesmas circunstâncias.
O Projeto de Lei n° 430/2016 estabelece
que “todas as áreas consideradas de risco para os banhistas, nas águas
pertencentes ao Mato Grosso, terão identificação permanente”. Os alertas
indicarão os locais profundos e os com baixa profundidade, mas que
geram riscos aos banhistas por lesões na cabeça e na coluna vertebral –
entre outros.
Sobre o assunto, o autor do projeto,
deputado Wagner Ramos (PSD), chamou a atenção para frequentes
divulgações, pela mídia, de tragédias e vítimas provocadas por saltos,
mergulhos e quedas em locais de risco. Sem contar a maioria dos
afogamentos que poderiam ser evitados se existissem sinalizações
adequadas nas áreas onde ocorrem. Esse mesmo cenário foi mostrado há
exatos dois anos pela Organização Mundial de Saúde.
Em seu primeiro “Relatório Global sobre
Afogamento: Evitando uma das Maiores Causas de Morte”, lançado à época
em Genebra, o problema foi colocado entre as 10 principais causas de
morte de crianças e jovens. Na ocasião, a OMS alertou que 372 mil
pessoas morrem afogadas todos os anos no mundo. O Brasil aparece como
terceiro país com o maior número de mortes, ficando atrás do Japão e da
Rússia.
Na ocasião, em Genebra, o diretor do
Departamento de Controle de Doenças Crônicas e de Prevenção da Violência
e dos Traumatismos, da OMS, Etienne Krug, falou à Rádio ONU sobre a
situação do Brasil. “O Brasil tem mais de 6 mil afogamentos por ano, o
que é um número grande. Acho que primeiro devem ser implementadas as
medidas de prevenção básicas nas comunidades”, alertou Krug.
Entre essas ações estão a instalação de
barreiras, tipos de grades para impedir a aproximação das crianças, ter
locais seguros para que elas possam ficar durante o período em que os
pais trabalham e, também, ensinar as crianças a nadar já nas escolas
primárias.
Mais informações:
Gab Dep Wagner Ramos
Telefone: (65) 3313-6723
Por FERNANDO LEAL / Assessoria de Gabinete
0 comentários:
Postar um comentário