Revolução
com revanche.
Hoje, 31 de
março de 2014, ao completar 50 anos da Revolução de 1964, temos muito a analisar
sobre os acontecimentos que demandaram esta página da história recente do nosso
País, onde se fala que não houve derramamento de sangue e que foi uma revolução
sem o uso de armas. No entanto, jovens, jornalistas, estudantes e pessoas
contrárias à revolução, foram presas, torturadas e mortas em nome e em busca de
uma democracia. Portanto, não podemos dizer que não houve derramamento de
sangue, houve sim, e até de pessoas, possivelmente inocentes.
Revolução com
benefícios.
Porém, esta
revolução que trouxe alguns benefícios, para Mato Grosso, segundo o deputado
federal Júlio José de Campos, que cita entre outros, a interligação do Estado
com a construção de rodovias,importantes eixos de desenvolvimento, como a
construções das BRs – 070, a 364 e 163, entre outros.
Revolução
que agitou o Brasil.
Foi no
período da revolução que de Mato Grosso surgiu o jovem e combativo deputado
federal que apresentou o projeto das “Diretas Já”, na figura do saudoso mato-grossense Dante de Oliveira (PMDB), cuja
proposta ganhou as ruas em todo o País, culminando com o processo de passagem
de um sistema revolucionário para o regime democrático que perdura em nossos
dias.
No período
mais intenso da revolução, nos idos de 1967 a 1972, quando os militares
comandavam com mãos de ferro toda estrutura, nós, que exercíamos o
magistério,lecionando no Colégio Estadual de Hidrolândia – GO, e que juntamente
com outros companheiros, como Bernardino Granja Campos, Valeriano Ribeiro
Ferreira, Célia Maria dos Reis e mais alguns, trabalhávamos no Centro dos
Professores de Goiás, e tínhamos um ideal de uma educação voltada ao
aperfeiçoamento e valorização da classe de professores, trabalho este que teve
como resultado a criação do Sindicato Estadual dos Professores de Goiás –
SINTEGO.
Foi por este
trabalho, que também passamos a ser considerado, contra revolucionário e
tivemos momentos da nossa liberdade tolhida, quando fomos levado ao Quartel do Batalhão
do Exército em Goiânia. E que até hoje não me sai da memória a frase usada
pelos interrogadores “Diga tudo, não negue nada”. (francisco Delmondes Bentinho - e-mail - fd.bentinho@uol.com.br)
0 comentários:
Postar um comentário