segunda-feira, 31 de março de 2014

REVOLUÇÃO...REVOLUÇÃO...REVO-LUÇÃO...


Revolução com revanche.

Hoje, 31 de março de 2014, ao completar 50 anos da Revolução de 1964, temos muito a analisar sobre os acontecimentos que demandaram esta página da história recente do nosso País, onde se fala que não houve derramamento de sangue e que foi uma revolução sem o uso de armas. No entanto, jovens, jornalistas, estudantes e pessoas contrárias à revolução, foram presas, torturadas e mortas em nome e em busca de uma democracia. Portanto, não podemos dizer que não houve derramamento de sangue, houve sim, e até de pessoas, possivelmente inocentes.

Revolução com benefícios.

Porém, esta revolução que trouxe alguns benefícios, para Mato Grosso, segundo o deputado federal Júlio José de Campos, que cita entre outros, a interligação do Estado com a construção de rodovias,importantes eixos de desenvolvimento, como a construções das BRs – 070, a 364 e 163, entre outros.

Revolução que agitou o Brasil.

Foi no período da revolução que de Mato Grosso surgiu o jovem e combativo deputado federal que apresentou o projeto das “Diretas Já”, na figura do saudoso  mato-grossense Dante de Oliveira (PMDB), cuja proposta ganhou as ruas em todo o País, culminando com o processo de passagem de um sistema revolucionário para o regime democrático que perdura em nossos dias.

No período mais intenso da revolução, nos idos de 1967 a 1972, quando os militares comandavam com mãos de ferro toda estrutura, nós, que exercíamos o magistério,lecionando no Colégio Estadual de Hidrolândia – GO, e que juntamente com outros companheiros, como Bernardino Granja Campos, Valeriano Ribeiro Ferreira, Célia Maria dos Reis e mais alguns, trabalhávamos no Centro dos Professores de Goiás, e tínhamos um ideal de uma educação voltada ao aperfeiçoamento e valorização da classe de professores, trabalho este que teve como resultado a criação do Sindicato Estadual dos Professores de Goiás – SINTEGO.


Foi por este trabalho, que também passamos a ser considerado, contra revolucionário e tivemos momentos da nossa liberdade tolhida, quando fomos levado ao Quartel do Batalhão do Exército em Goiânia. E que até hoje não me sai da memória a frase usada pelos interrogadores “Diga tudo, não negue nada”. (francisco Delmondes Bentinho - e-mail - fd.bentinho@uol.com.br)

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