sábado, 2 de fevereiro de 2013

A IMPRENSA LOCAL EM MATO GROSSO CAMINHA PARA A FALÊNCIA TOTAL...

A história, em todos os tempos e lugares, se faz com a tradição, passada de geração em geração e com os documentos escritos ao longo da vida de cada comunidade e assim também é que chega até os dias de hoje os relatos dos acontecimentos, desde a mais perto, aos mais distantes rincões.
O que estamos assistindo hoje, tanto em Mato Grosso, como em outros estados brasileiros, é o desmonte gradativo da imprensa local, como meio de informação ou formação de idéias daqueles que tem o hábito da Leitura.
Para que possamos ter uma visão global da situação atual, é importante citar que a imprensa, em seus meios e condições sempre foi o monopóleo de poucos em detrimento de uma grande e esmagadora maioria, isto falando do Brasil.
Como alternativa, a imprensa local, que geralmente é feita por pequenas empresas familiares, em cada município, requer uma atenção especial, quer seja dos empresários, (comércio e indústria), amparada ainda, pelos meios econômicos e políticos de cada municipio, na divulgação, principalmente dos atos legais (editais), o que deixou de existir, de uns tempos para cá.
As causas deste desmonte, passa por vários fatores, como a falta de aperfeiçoamento, dos responsáveis (editores, revisores e repórteres), o apadrinho político na criação de novos títulos, sem a mínima busca dos meios legais, com tal finalidade, a criação de jornais online, como o da Associação Matogrossense dos Municipíos -AMM, que retirou uma fatia econômica dos jornais do interior, alguns até como órgãos oficiais do município, que passaram a não contar mais com a fatia financeira, tão necessária a subsistência dos jornais. Se alguns sobrevivem, são a duras penas, a trancos e barrancos e sempre no vermelho.
Enfim, a falta de apoio e reconhecimento por parte de autoridades, onde a SECOM, utiliza os recursos, sempre direcionados aos interesses políticos daqueles que estão no Poder, mas na contra-mão dos interesses coletivos.
Incentivar e apoiar a criação de períódicos clandestinos é uma afronta tão corriqueira pelos administradores, a nível municipal e estadual, que em determinada época todos os proprietários de jornais locais eram chamados de picaretas, não se respeitando a seriedade de muitos.
Alguns exemplos de apoios aos jornais locais, mudaram a história de munícípios e estados brasileiros que hoje são chamados de mais adiantados, e isto tem uma parte importante da imprensa, que muitos chamam de pequenos, mas que na realidade, no município onde se encontram, são os maiores, por divulgarem os interesses locais.
Concluindo, queremos alertar, que todo aquele que tolhe ou deixa de apoiar os trabalhadores de uma imprensa local,  no município ou no estado, serão lembrados como os carrascos da nova era, nesta guerra fria, em que, quem tem a informação tem a maior riqueza, onde a traça não corroe e o ladrão não possa roubar. 
Ainda há tempo para se corrigir esta situação, basta determinação e interesse, dos responsáveis, pela divulgação democrática dos atos. Na política, que haja a DEMOCRATIZAÇÃO E INTERIORIZAÇÃO DA MÍDIA INSTITUCIONAL.
(Francisco Delmondes Bentinho - e-mail: fd.bentinho@uol.com.br) 

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