terça-feira, 19 de junho de 2012

CONCHITA - GENTE QUE FAZ HISTÓRIA - UMA ASSISTENTE SOCIAL DO POVÃO

(Texto e foto - Bentinho)



Maria Conceição Almeida Brandão - Popular CONCHITA

Vamos falar um pouco da gente que faz parte deste grande universo da cuiabanidade, e que será lembrada neste momento tão dignificante que é a preparação para a COPA DO PANTANAL, que será realizada também aqui em Cuiabá, e em 2014.
Maria Conceição Almeida Brandão, (ou simplesmente CONCHITA - apelido que lhe foi dado pelo seu grande amigo Roberto França), 66 anos de idade, 11 filhos, sendo 5 naturais e 6 de criação.
Ela recebeu o nome de Maria Conceição, justamente por ter nascido no dia 08 de dezembro, dia em que a Igreja Católica comemora a data de Nossa Senhora da Conceição. E por isto a sua devoção, que recebeu até lembranças do Papa João Paulo II, quando esteve aqui em Cuiabá, e depois em visita a cidade de Roma, quando foi recebida pela Sua Santidade o Papa João Paulo II. Hoje em dia, quando um doente precisa de internação, lá vai a CONCHITA em busca de informações, onde há leito disponível, nos hospitais de Cuiabá, para que possa ajudar a quem necessita, este é um trabalho de assistência social do  povão.
CONCHITA, que aprendeu um novo hábito de visitar todos os dias o SINDAPI/MT, onde é sempre bem recebida por todos e tem um carinho especial, pela MARAVILHOSA, que é assim que chama a Senhora Cláudia Dorileo, (assistente social) que ajudou no trabalho para sua aposentadoria.
Agora falando da Cuiabá de outrora, CONCHITA vai lembrando fatos que marcaram a sua infância, a sua juventude e como ela mesma diz, a sua vida atual.
O Buraco da Saudade, este era o lugar em que havia uma mina d'água, tão limpa e pura, que servia para todos os afazeres domésticos, e era ali, que numa banheira de pneu, as roupas eram lavadas pela pequena CONCHITA, para depois serem estendidas nos galhos da LIXEIRA, árvore das mais comuns nas redondezas da pequena cidade de Cuiabá, que contava com pouco mais de 25 casas, nos idos de 1940, relato da própria. Roupas mais grossas, como calças, geralmente de mescla, iam para os galhos, já as roupas mais finas, como camisas, calçolas, ceroulas, pijamas, eram penduradas em barbantes feitos de algodão.
Este era o resultado das lavagens de roupa no Buraco da Saudade, que desapareceu para dar lugar a Praça Maria Taquara, bem no Centro da Cuiabá de hoje.
Aos poucos a CONCHITA vai se soltando e contando as coisas de alegria, de farras, de danças e do tradicional da época o "LAMBIDAQUE", que eram os aconchegos, os namoricos e as saidinhas sorrateiras, para um chamego mais apertado. São  muitas as recordações da pequena-grande CONCHITA, que vamos apresentando aos poucos aqui no espaça do "É BEM CUIABÁ".
 (Francisco Delmondes Bentinho - e-mail: bentinho@uol.com.br).

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