quinta-feira, 14 de junho de 2012

"O MAURO CONVERSA COM QUEM ELE QUISER; NÃO SOU DONO DELE"


Senador Pedro Taques comanda hoje 

reunião para definir rumo do partido


O senador Pedro Taques (PDT) pretende definir na noite de hoje (14) qual rumo o seu partido deve seguir em relação às eleições em Cuiabá: se insiste na manutenção do Movimento Mato Grosso Muito Mais, formado também pelo PSB, PPS e PV, ou parte para outras coligações – como com o PT, PSDB ou DEM.

Ele comandará, à noite, em Cuiabá, uma reunião com a cúpula do partido. “Vamos conversar hoje, fazer uma avaliação sobre o quadro e definir as coisas. O PDT tem que definir o que quer para Cuiabá, para o futuro. Eu tenho uma posição, mas não posso lhe adiantar antes dessa reunião”, afirmou ao MidiaNews.

Contrariado pelo fato de o pré-candidato Mauro Mendes (PSB) ter avançado em conversações com o PR e o PMDB, que podem  vir a indicar o seu vice, Taques afirmou que manterá sua "coerência política". 

Ele também criticou a política de alianças que só visa ao poder. “Não vou fazer alianças circunstanciais, só pensando no poder. Eu não consigo fazer isso. Eu estou buscando construir um partido para que nós tenhamos uma forma diferente de fazer política. E não é essa forma, com esses tipos de acordos”, pontuou. 

Enfático, Taques disse que não se sente obrigado a seguir a candidatura de Mendes.

“O Mauro pode conversar com que ele quiser, isso faz parte da política. Eu não vou impedir ninguém de conversar. Ele tem que conversar com quem ele quiser; ele é o candidato. E eu não sou o dono do Mauro Mendes. Agora, eu não tenho obrigação de fazer o que os políticos tradicionais fazem. Eu sou político, tenho orgulho de ser político. Mas eu não tenho a obrigação de fazer igual aos outros. E eu vou apoiar quem eu entender que eu deva apoiar”, afirmou.

Apesar disso, ele não descarta a manutenção do arco de alianças e a indicação do candidato a vice na chapa a ser encabeçada pelo empresário. 

“Isso vai depender da conversa de hoje no partido; depende de vários fatores. Eu não sei se o Mauro já fechou com o PMDB ou o PR. Tem conversas... Conversar pode, mas na hora de fechar, se quiser conversar com o Movimento Mato Grosso Muito Mais...”, disse.

Independente das definições, Taques se disse “tranquilo” em relação ao processo eleitoral deste ano. “Eu estou bem, estou tranquilo... Se tiver que ser reeleito, em 2018, vou ser... Se não tiver, vou cuidar da minha vida”, afirmou.

"Facada nas costas"

O senador Pedro Taques se esquivou, quando questionado sobre o fato de ter declarado, no plenário do Senado, na última segunda-feira, que “a época da traição e da facada nas costas” tinha começado – uma referência clara aos movimentos de Mendes em direção ao PMDB e ao PR.

“Não fiz referência específica a ninguém. Isso é normal. As pessoas dizem que, na eleição municipal, o nível da traição é muito alto. E esta é a primeira eleição municipal de que eu participo. Mas vou buscar a manutenção da minha coerência”, disse.

Ele ainda sinalizou para possíveis alianças com o PT, o PSDB e o DEM. “Respeito muito o Lúdio Cabral e o Guilherme Maluf. Vejo que são nomes que podem fazer uma boa administração. Mas vamos conversar mais sobre isso na reunião desta noite. Não posso me adiantar”, disse.
RAMON MONTEAGUDO
DA REDAÇÃO - MIDIANEWS

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