sábado, 24 de março de 2012

CADASTRO ESTADUAL DO IDOSO EM MATO GROSSO MOSTRA O SOFRIMENTO DE CADA UM.

(Francisco Delmondes Bentinho) 

Numa série de artigos, vamos apresentar dados e informações sobre a Terceira Idade em Mato Grosso, pelo acompanhamento das pesquisas e do cadastro da pessoa idosa que vem sendo realizado em todo o estado pelo SINDAPI/MT
Num trabalho de levantamento das pessoas idosas em Mato Grosso, que vem sendo feito pelo Sindicato Estadual dos Aposentados, Pensionistas e Idosos de Mato Grosso - SINDAPI/MT,  e depois de percorrerem 76 (setenta e seis) municípios, vários assuntos chamam a atenção no que se diz respeito ao sofrimento dos idosos, principalmente na Zona Rural e nos assentamentos.
Estatística
Falando por cima sobre os dados estatísticos, é estarrecedor o que pode ser constado sobre os benefícios e sobre tantos problema que afligem os idosos que são enganados, ludibriados e roubados em sua boa fé, até mesmo por responsáveis de estabelecimentos financeiros em Mato Grosso e acreditamos que seja em todo o País. O CENSO de 2010, do IBGE, trás um dado importante, de que os idosos chegam a mais de 497 mil pessoas, com mais de 55 anos de idade, incluindo homens e mulheres. Em torno de 33 a 40 % (trinta e três a quarenta por cento) se encontra na Zona Rural, e hoje, há uma grande migração de idosos da cidade para o campo, fator determinante pela busca de melhora na saúde e nos rendimentos, pois o custo de vida diminui acentuadamente. Deste número, apenas em torno de 300 mil são aposentados ou encostados (como costumam dizer) no INSS, e com mais de 80 % (oitenta por cento) recebendo somente o valor do salário mínimo, dos quais cerca de 30 % (trinta por cento) são utilizados na aquisição de medicamentos. Por outro lado, somente estas pessoas que recebem em Mato Grosso pelo INSS, lança na economia estadual R$ mais de R$ 2 bilhões e R$ 113 milhões de reais por ano. Em alguns municípios, os valores lançados na economia local, às vezes até supera a renda administrativa.
Analfabetismo
A quantidade de pessoas analfabetas na terceira idade chaga aos extremos, quando o percentual em alguns municípios ultrapassam a casa dos 50 % (cinquenta por cento) e muitos dos que assim se apresentam chegam a chorar, quando vão preencher o formulário de cadastro, por não terem tido a oportunidade de poder conhecer as letras. A simplicidade também chama atenção, quando dizem eu só assino sujando o dedo. Analfabetos são encontrados em todos os lugares, sendo que a maior quantidade é encontrada nos assentamentos e na zona rural dos municípios menores e cuja rende per capta é menor.
Doenças
É raro encontrar algum idoso que não tenha algum problema de saúde e que não tome medicamentos controlados. Chega a chamar a atenção, quando são perguntados sobre o uso de medicamentos, sendo que CAPTOPRIL (catopril, calopril, copotopril) e assim por diante é como chamam o remédio mais usado pela grande maioria, com problemas cárdio-vasculares. Diazepan e seus derivados são usados em todos os lugares, por onde a pesquisa tem sido feita, numa amostragem de que os distúrbios emocionais predominam na sua grande maioria e causados pelo stress, pela falta de atividades e sobretudo pelo convívio nada satisfatório com familiares ou com outras pessoas.
A saúde, nos questionamentos da Terceira Conferência Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa em Mato Grosso, realizado em setembro de 2011, foi a principal causa de preocupação dos participantes, e este problema tem consequências para os gestores, no que diz respeito á compra e distribuição destes medicamentos. Aguardem mais informações sobre a Terceira Idade.
(Francisco Delmondes Bentinho - Reg. Profissional 1.271  DRT/MT  - e-mil : fd.bentinho@uol.com.br)

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