domingo, 18 de março de 2012

MT TEM TUDO PARA SER A VEDETE DA RIO+20; CRIMES AMBIENTAIS BROTAM BROTAM COMO MATO






Desmatamento em Mato Grosso; problema de décadas

Numeros indicam redução, mas o avanço sobre a floresta continua

Questões ambientais brotam como mato em Mato Grosso. Crimes contra a natureza são rotina. A lista é grande. O desmatamento, a expansão das usinas hidrelétricas, as afrontas à floresta amazônica, ao pantanal e ao cerrado, o uso excessivo de agrotóxicos, formas agressivas de plantio, o desrespeito às reservas indígenas, as queimadas, o lixo, a poluição dos rios, do subsolo e do ar, a negligência com os povos originários e a miséria no campo e na cidade.
Fora tudo isso, o Estado tem  um zoneamento ambiental talhado na irregularidade conforme decisão judicial. E agora, para complicar um pouco mais, pantaneiros se queixam durante contra a proposta encaminhada pelo senador Blairo Maggi, do Partido da República em Mato Grosso, que, segundo eles, atende apenas aos interesses de mercado. A discutir.
Tudo bem que já foi pior. Não se nega que o desmatamento cedeu graças a uma ação poderosa da repressão. Especialistas, no entanto, lembram que o avanço chegou a barra da saia da Amazônia e não tem mais onde ir. Com isso, também reduziram-se as queimadas. A proteção às nascentes melhoraram alguma coisa. Contudo, ainda está longe do "mundo melhor".
Um grupo de socioambientalistas ligados a esses temas está articulado para representar Mato Grosso na Rio + 20 e na Cúpula dos Povos. Essa comissão de Mato Grosso irá elaborar uma carta coletiva denominada “A Economia que Temos e que Queremos em Mato Grosso”. Obviamente, recheada de denuncias, críticas e sugestões para o chamado “Mundo Melhor”.

Em Mato Grosso, haverá ciclos de debates para que a sociedade discuta sobre o tema. No dia 21 de março, está agendado para as 8 horas um debate que vai durante todo o dia, no auditório da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) também está agendando outro debate para o final de abril, que será realizado provavelmente na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) também realizará um debate a princípio no dia 27 de maio e provavelmente também será realizado na UFMT. Antes disso, no dia 4 de maio, o Centro Burnier Ivo Poleto, para discutir sobre a proposta de capitalismo verde ou de uma economia verde. Será que isso resolve o problema? Às 19 horas, no salão da Paróquia Nossa Senhora do Rosário.
Lideranças mundiais voltam a se encontrar, entre 13 e 22 de junho, no Rio de Janeiro na Rio + 20, duas décadas após a Rio-92. Trata-se da Reunião da Comissão Nacional da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimen
to Sustentável. A Rio + 20 será um evento de caráter governamental.
Paralelamente, a sociedade civil organizada de diversos países também estará reunida na Cúpula dos Povos, no Aterro do Flamengo, para tratar das questões ainda pendentes desde a Rio-92 e outras questões que surgiram desde então.
Foi na Rio-92 que a pauta ambiental uniu pela primeira vez os povos do mundo. Nesse período, surgiu a maioria das entidades e ONGs ambientais, interessadas em dar um socorro ao planeta terra, extremamente explorado nesse sistema capitalista.


Keka Werneck  -  do Centro Burnier Fé e Esperança
Edilson Almeida  -  Redação 24 Horas News

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