domingo, 18 de março de 2012

GOVERNO QUER VOTAR CÓDIGO FLORESTAL APÓS RIO+20, MAS BANCADA RECHAÇA



Atendendo às pressões da bancada ambientalista, o governo propôs votar o projeto de lei do Código Florestal em votação somente após a realização da conferência ambiental da Rio+20, a ser realizada em junho, no Rio de Janeiro, e que mobilizará o as atenções do mundo em torno das discussões sobre o desenvolvimento sustentável do planeta.
Na prática, a pretensão da ala ambientalista do governo é jogar o debate sobre o Código Florestal para depois das eleições municipais, tendo em vista que após a Rio +20 o Congresso Nacional entra em recesso parlamentar e o país se mobiliza para as eleições. Ou seja, o governo não cogita votar a matéria antes de outubro.
A proposta também é uma forma de o governo "arrumar a Casa", já que enfrenta uma grande instabilidade nas relações com alguns partidos da base aliada, como o PMDB, o PDT e o PR, estes últimos já ameaçando pular fora da base de apoio da presidente Dilma Rousseff.
Segundo analistas, a proposta também seria uma forma de constranger o governo brasileiro através do debate internacional dobre as leis brasileiras de proteção ambiental.
A recente chegada do novo líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) é usada também como argumento pelo governo para ganhar mais tempo, hipótese que é rechaçada pelo deputado federal Homero Pereira (PSD-MT).
"O deputado Arlindo Chinaglia é um político experiente e acompanha de perto os bastidores da negociação entre o governo e as bancadas ambientalista e ruralista. Não vejo motivo para postergar ainda mais o debate. Não vamos aceitar empurrar a discussão do Código Florestal para depois das eleições", afirmou Homero.
A preocupação em votar o Código Florestal se refere à aproximação com o dia 11 de abril, prazo final para que os produtores possam fazer a regularização ambiental e, assim, não sofrerem sanções pela entrada em vigor da Lei de Crimes Ambientais.
De Brasília - Vinícius Tavares 

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