quinta-feira, 19 de abril de 2012

ARRECADADOR DAS CAMPANHAS DE BLAIRO MAGGI E SILVAL BARBOSA, EDER É ARQUIVO-VIVO E TEME SER "APAGADO"




Foto: Secom/MT
Arrecadador das campanhas de Blairo Maggi e Silval Barbosa, Eder é 'arquivo-vivo' e teme ser 'apagado'
“Estou muito preocupado porque Mato Grosso tem um histórico de queima de arquivo, e essa é uma realidade inegável. Mas eu não vou ficar calado, isso eu garanto”. A frase é do demissionário (e já demitido publicamente) Eder Moraes Dias, ainda secretário extraordinário da Copa de 2014, e, entrevista ao Olhar Direto poucas horas após receber uma ameaça de morte enquanto entrava no condomínio em que mora, na noite de ontem, em Cuiabá.

Sob forte pressão polítca, a declaração de Moraes Dias pode ser considerada emblemática e revela que o líder republicano não está temeroso sem motivos. Eder sabe muito e seus conhecimentos de bastidores desagradam muita gente.

(Ex) Homem forte no governo estadual por duas gestões (Blairo Maggi e Silval Barbosa), Moraes Dias foi um dos principais responsáveis pela arrecadação de verbas para os caixas de campanha da reeleição de Silval Barbosa (PMDB)e de Maggi para o governo e na disputa por uma vaga no Senado.

Éder é uma espécie de 'memória viva' dos acontecimentos da política mato-grossense nos últimos anos e, por isso, teme por algo pior num Estado em que a impunidade e a lei do mais forte impera como em várias unidades da Federação.

Hábil negociador e ambicioso, ele sabe de onde vieram os recursos utilizados nas campanhas eleitorais, tem conhecimento de todos os instrumentos utilizados para arrecadar, cobrar, desonerar e premiar empresas e colaboradores e personagens que se envolveram e ainda se entranham nas entranhas do poder.

Ganhou a confiança de homens fortes da política, alçou voos bem altos, chegando ao posto de Secretário de Estado da Fazenda, da Casa Civil, de 'comandante' da Secretaria da Copa do Mundo de 2014, hoje a mais cobiçada entre as pastas da administração estadual.

Teve o mérito de ser o mentor da proposta de renegociação das dívidas do Estado com a União por intermédio da venda das dívidas para bancos privados. No entanto, no mesmo período, sofreu alguns reveses, como o cancelamento dos contratos para compra dos veículos Land Rover, entre outras situações constrangedoras. E teve participação ativa no escândalo dos maquinários e no das cartas de crédito, embora tenha se safado política e juridicamente.

Conseguiu, com habilidade, se safar de todas as acusações. Reuniu desafetos nos três poderes estaduais. Tem razão em temer e fazer a denúncia. Quem não faria a mesma defesa ?
Olhardireto de Cuiabá - Lucas Bólico, De Brasília - Vinícius Tavares 

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