segunda-feira, 26 de março de 2012

EMPRESÁRIO PEDE PERDÃO A DEUS, À FAMÍLIA E AOS AMIGOS; POLÍCIA ARQUIVARÁ O CASO



Foi um suicídio. A Polícia recebeu a confirmação de que o empresário do ramo da construção civil Carlos Garcia Bernardes, de 62 anos, realmente se suicídou. A reportagem do Portal de Notícias 24 Horas Newsconseguiu informações exclusivas de que o caso será arquivado e também, um bilhete deixado por Garcia onde ele fala em poucas linhas pelo menos três vezes o nome de Deus pedindo perdão. Pede desculpas e também perdão à família, aos amigos e aos companheiros de trabalho. Parece que Carlos já possuía histórico depressivo em grau elevado.
Antes da decisão de um perito da Perícia Oficial do Estado (Politec), no entanto, a reportagem já tinha e antecipava as informações que ajudariam a Polícia a comprovar o suicídio. Uma delas, que leva ao histórico de suicida da vítima, Carlos Garcia já havia tentado se suicidar em agosto do ano passado na barragem de uma hidroelétrica em Guarantã do Norte.
Em depressão, inclusive fazendo tratamento, com profissionais especializados. Só que, na primeira oportunidade que teve ele tirou sua própria vida. Como a delegada municipal e Chapada dos Guimarães (Baixada Cuiabana, a 65 quilômetros da Capital),  não quis falar sobre a morte de Carlos Garcia antes do laudo de duas perícias, a reportagem saiu à campo para investigar e conseguiu  todas as informações que a Polícia sonegou.
Como estava mais relaxado e parecia um pouco mais distante da idéia de se suicidar, a família deu um voto de confiança a ele, e na tarde de sexta-feira (17-02), deste ano, no primeiro dia de Carnaval, todos se preparavam para passar os cinco dias de carnaval na casa da família no Morro do Chapéu, região dos Lagos de Manso, em Chapada dos Guimarães, quando o empresário foi na frente com o motorista e um técnico em TV a cabo para fazer as instalações dos equipamentos para toda a residência. Lá chegando, segundo a reportagem apurou, Carlos perguntou para o técnico se eles iriam demorar na instalação e obteve a resposta de que os trabalhos demorariam mais de duas horas.
“Vou para o meu quarto descansar e quando acabarem o serviço me acordem”, foram suas últimas palavras.  Depois de escrever um bilhete que nós vamos transcrever na íntegra, Carlos Garcia cometeu o suicídio, que já havia tentado em outra oportunidade.
Carlos Garcia deixou um bilhete, uma das principais provas de que uma pessoa realmente se suicidou. O bilhete segue na íntegra, inclusive com os pequenos erros de plurais nas palavras me perdoem, que ele escreveu “perdoe”

O BILHETE
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“Sempre busque a “DEUS”
“Fazer o bem. Acreditei
Sempre que não estava
Prejudicando ninguém – “DEUS”

Me perdoe”  Desejo que os
Que me sucederem sigam o
caminho do “BEM” – “DEUS”
“DEUS me perdoe”

Meus familiares me
Perdoe” Meus
Companheiros de
Trabalho me perdoe”

Desejo ser cremado e
minhas cinzas lançadas
na água longe de Cuiabá

Abraços Beijos
Estou consciente”



REVELAÇÕES
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Um amigo próximo da família Garcia fez ainda algumas revelações sobre a vida de Carlos Garcia, inclusive sobre sua família, um dos seus principais “tesouros”. Para muitos um “paizão” e para a maioria um menino que apesar de uma situação estabilizada gostava do que fazia e o fazia muito bem, todos os dias por mais quase 40 anos. Tanto que era uma pessoa queria por todos.
 Casado como dona Magna há mais de 35 anos, deixou cinco filhos e oito netos, todos ainda inconsoláveis pela perda de Garcia, que apesar da depressão que entrou após algumas cirurgias, inclusive algumas safenas no coração, gostava de rir e de fazer rir.
Da família à empresa, a Construtora Encomind que comandava com mais três sócios: Rodolfo, o mais novo com 56 anos, Hermes com 60 e Antonio com 62 anos, Carlos Garcia sempre teve um bom relacionamento com todos. Aliás, esse “casamento social” já durava mais de 35 anos.
Na realidade, segundo o amigo do empresário Carlos Garcia, ele não tinha inimigos. Nunca teve problemas financeiros, principalmente dívidas que o grupo não pudesse pagar e inerentes a qualquer grande empresa do ramo de construção civil. Seus sócios nunca reclamaram de nada e seus herdeiros, esposa filhos e netos todos estão em situação estável há muitos anos.
“O senhor Carlos era um homem bom, daqueles que a gente não tem o que falar, principalmente de coisas ruins. Todos sabiam que ele estava deprimido há muito tempo e não escondia de ninguém que estava querendo passar para outro plano de vida. Aliás, ele planejou a própria morte, tanto que nem a família, nem os amigos e nem os sócios tem dúvidas disso”, afirmou o amigo da família Garcia encerrando a conversa.
EXCLUSIVA
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“Não foi um homicídio” Palavras oficiais do perito da Politec ao responder os questionamentos da delegada Eliane da Silva, da Delegacia Municipal de Chapada dos Guimarães. E tem mais o perito ainda sugeriu: “Não descarto a auto-eliminação da vítima (suicídio).
José Ribamar Trindade
Redação 24 Horas News
 

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