domingo, 1 de abril de 2012

"LIGAÇÃO" ENTRE DEMÓSTENES, BLAIRO E TAQUES APRESENTADA EM MATÉRIA



Reportagem do jornal Folha de São Paulo deste domingo mostra a "relação" do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) com dois senadores de Mato Grosso: Blairo Maggi (PR) e Pedro Taques (PDT). Enquanto Maggi era "alvo" de ataques do democrata, Taques era um "admirador", segundo o texto em anexo na reportagem.
Em um box anexo na matéria intitulada Em sete dias, senador passa de ‘intocável’ a suspeito, a jornalista Catia Seabra lista "admiradores" e "alvos" de Torres e ressalta que o democrata precisará  também do apoio dos que tanto atacou para continuar ‘vivo’ no Senado.
Folha coloca Blairo Maggi ao lado do ex-presidente Lula, José Dirceu, Renan Calheiros e Carlos Wilson, como algumas das ‘vítimas’ dos ataques de Demóstenes no Senado. “O hotel-fazenda de Maggi tem a diária mais cara do país: R$ 1 bilhão em verbas federais para a soja”, afirmou Demóstenes em 20 de novembro de 2006.
O senador Pedro Taques (PDT), por sua vez, é colocado ao lado Pedro Simon, Aécio Neves, Álvaro Dias e Ana Amélia, todos que já externaram admiração ao hoje na berlinda parlamentar democrata.
“Senador Demóstenes, eu conheço desde 1996, nas barrancas do rio Araguaia, do rio Tocantins. Nós dois fomos forjados na luta contra a criminalidade”, afirmou Taques.
O democrata teve sua imagem maculada ao ser revelada sua relação ‘íntima’ com o empresário e bicheiro Carlos Cachoeira. Escutas telefônicas gravadas pela Polícia Federal revelam que Demóstenes chamava Cachoeira de “professor”, e o empresário se referia ao parlamentar como “Doutor”.
Reportagem da revista Época desta semana mostra que ambos tentaram até fraudar uma licitação de marketing esportivo da Copa em Mato Grosso. O titular da Secopa, Eder Moraes, afirmou que a licitação em questão já havia sido cancelada antes mesmo de a escuta telefônica ser publicada.
Após escândalo 
O senador Pedro Taques (PDT-MT) afirmou que o caso do senador Demóstenes Torres (DEM-GO) “é grave” e que o Senado Federal não pode se omitir em relação às denúncias publicadas, segundo a Agência Senado.
"Nós não podemos tapar o sol com a peneira. Esta casa da Federação não terá moral para notificar, para convidar, para intimar qualquer cidadão a depor em suas comissões, se nós não ouvirmos os esclarecimentos do senador Demóstenes", declarou.
"Não se apresenta como razoável que um senador da República possa trocar este número de telefonemas com cidadãos voltados para a prática do crime. Não se afigura como razoável que um senador da República possa se utilizar de telefones habilitados em Miami” ", afirmou o parlamentar durante a semana.
Assim como Demóstenes Torres, Pedro Taques é ex-integrante do Ministério Público. Mas, enquanto Pedro Taques pertenceu ao Ministério Público Federal, Demóstenes foi do Ministério Público de Goiás, já tendo sido Procurador-Geral do Estado e Secretário de Segurança de Goiás.
"Temos de separar o campo jurídico do campo político. No espaço jurídico existe o princípio da presunção da inocência, contraposto ao princípio da ampla defesa e do contraditório. Mas, no espaço político, nós temos de agir politicamente, como agiríamos com qualquer outro cidadão”.
Olhardireto - Lucas Bólico



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