terça-feira, 24 de abril de 2012

PREFEITURA PODERÁ SOFRER AÇÃO DE DESPEJO EM ÁREA TURÍSTICA POR DAR ALOTE E R$ 2,6 MIL EM IMOBILIÁRIA

A Imobiliária Santa Clara ameaça ingressar com ação de despejo contra a Prefeitura de Rondonópolis pelo não pagamento de quatro aluguéis vencidos desde dezembro de 2011 da área turística do Casario Marechal Rondon.

Desde outubro os dois herdeiros de Moisés Cury, proprietário do terreno, tentam, via imobiliária, negociar a venda da área para o município, que loca o espaço desde 2004, na época da gestão de ex-prefeito e agora deputado estadual Percival Muniz.

A proprietária da imobiliária, Neusa Novaes da Rocha, disse que desde outubro mantém negociações com a administração, mas a prefeitura não chegou a um acordo sobre se compra ou não a área e sequer assinou novo contrato de locação da área.

“A prefeitura tem a preferência por ser inquilino. Mas até hoje a administração ainda não respondeu se tem interesse ou não pela comora. O que ocorreu foi a reavaliação do valor do aluguel de R$ 2,6 mil para pouco mais de R$ 5 mil, só que desde dezembro o município não paga o aluguel”.

O Casario é um dos pontos turísticos de Rondonópolis. São 8,1 mil metros quadrados de terreno, destes, 854 m² de área construída. Moisés Cury é um dos pioneiros de Rondonópolis e primo do Marechal Rondon.

As 21 casinhas foram construídas para abrigar as comitivas de Rondon, que desembarcava de balsa no rio Vermelho, ao lado do Casario. Hoje as casinhas abrigam lojas de artesanato, bares e restaurante.

Os herdeiros não estariam mais interessados no aluguel, querem receber os atrasados e o dinheiro da venda do imóvel. Um dos irmãos mora em Rondonópolis e outro no Rio de Janeiro e querem dividir a herança. “Se a prefeitura não resolver a situação, amanhã entrou com a ação de despejo”.

Além da cobrança dos aluguéis em atraso e posicionamento sobre o interesse da compra da área, a imobiliária pede indenização de R$ 800 mil pela construção de uma avenida dentro da área particular, contornando o Casario.

“O Percival construiu a avenida sem fazer a desafetação da área particular, isso é improbidade administrativa. Não se pode pegar dinheiro público e aplicar em área privada”.

A prefeitura ainda não se posicionou sobre o assunto, já que ainda não há um secretário de administração, que será responsável pela condução do caso.
De Rondonópolis - Débora Siqueira

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