terça-feira, 24 de abril de 2012

MORTES DE BEBÊS POR INDUÇÃO A PARTO NORMAL EM ´MATO GROSSO SERÁ INVESTIGADA


A indução a partos pelo método normal teria resultado na morte de um bebê dentro do Hospital Regional de Sorriso, cidade do Norte de Mato Grosso. A denuncia levou a Pastoral da Criança a abrir investigações sobre o caso. A entidade começou a recolher documentos que possam comprovar uma forte suspeita dos casos cujos partos deveriam ser de cesarianas. Na semana passada três bebes morreram no hospital – o que reforça ainda mais as suspeitas.
Uma mulher denuncia que a criança acabou falecendo por falta de atendimento especifico. "Foi ainda mais difícil saber que meu bebê estava morto e que teria que nascer em parto normal. Fui colocada numa sala com mais seis pacientes e lá meu filho nasceu morto" - relatou a vítima, que não quer ser identificada e ainda está muito emocionada.
De acordo com a Pastoral, a mulher entrou no hospital às 14 horas e fez um exame em um laboratório particular. O médico sinalizou que havia chegado a hora da criança nascer. “Mas ela não teve dilatação e, às 22 horas, quando o bebê morreu, ainda não havia sido feita a cesariana que salvaria a criança" - acusa.
A Pastoral de Sorriso irá encaminhar cópias de documentos, ultrassons, exames e outros, a Pastoral Nacional, que deverá dar o encaminhamento correto ao caso. “O papel da pastoral é defender a gestante e os bebes de zero a seis anos. Então iremos comunicar a Pastoral da Criança nacional o que esta acontecendo aqui” – disse a representante da Pastoral local
Segundo ela, um bebe morreu e a Pastoral quer noticia do bebe que deveria ter nascido vivo, mas não nasceu. Temos que saber o que esta acontecendo com os bebes dentro do Hospital Regional” – acrescentou.
O diretor do Hospital Regional, Mauri Dames, que disse que ficou sabendo da reclamação da Pastoral, mas assim que soube, pediu ao diretor clinico fazer um levantamento do que teria acontecido. “O hospital através da diretoria técnica vai se posicionar do que o houve. A Pastoral diz que são três casos e isso é muito vago” –assinalou.
O médico questionou ainda detalhes da denuncia. “A Pastoral pretende fazer isso a nível de imprensa? Não que eu não acho que ela não tenha esse direito, mas é aqui que a gente precisa investigar” - disse Mauri Dames.“Nós vamos apurar os fatos. Não vamos deixar de levantar o que é que aconteceu e tomar as providências que forem necessárias caso identificarmos qualquer ação negligente” – garantiu.
Há duas semanas, o Governo anunciou a rescisão do contrato com a Organização Social de Saúde (OSS) Instituto Social Fibra, responsável pela gestão dos Hospitais Regionais de Sorriso e Alta Floresta. O Estado alega que a OSS descumpriu alguns ítens fundamentais no contato firmado no início deste ano. O instituto havia movimentado pouco mais de R$ 5 milhões repassados pelo Estado em conta bancária particular.
24 Horas News

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