domingo, 22 de abril de 2012

PONTE PRETA ELIMINA CORINTHIAMS


ESPORTES

Em jogo eletrizante, Ponte Preta faz

 3 a 2 no Timão e avança às semifinais



A zebra do Campeonato Paulista também atende por Macaca. Na tarde deste domingo, no estádio do Pacaembu, a Ponte Preta - oitava colocada na fase de classificação - jogou por água a bela campanha do Corinthians - líder na primeira etapa - e venceu por 3 a 2 num jogo com final eletrizante. Com o resultado, a equipe de Campinas se garantiu nas semifinais e o Timão deu adeus ao estadual.

Durante a semana, o técnico corintiano Tite parecia prever que teria dificuldade. Avisou que de todos os adversários possíveis nas quartas de final, a Ponte era o único que ele realmente não queria. Talvez por saber que sofreria com forte marcação. E foi assim mesmo.

Aliado a isso, a Macaca soube aproveitar bem uma jogada de bola parada e um contra-ataque para fazer 2 a 0 logo no primeiro tempo. Na etapa final, em jogo de ataque contra defesa, a Ponte Preta sofreu dois gols (Willian e Alex marcaram), fez um com Pimpão e segurou heroicamente até o relógio chegar aos 50 minutos.

Como teve a melhor campanha da primeira fase, o Corinthians só ganhou o benefício de jogar diante da sua torcida. Mas os mais de 24 mil corintianos no Pacaembu não conseguiram fazer a diferença. Prevaleceu a entrega da Ponte Preta. Antes, aliás, Tite já lamentava jogar a ótima campanha em apenas 90 minutos.

Agora, a Ponte Preta espera o vencedor do duelo entre Guarani e Palmeiras, às 18h30m, no estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas.

Surpresa?

Gramado molhado nunca é bom para time que gosta de tocar a bola. E no caso do Corinthians foi ainda pior por conta da forte marcação da Ponte Preta. Sem conseguir furar o bloqueio do adversário, o Timão errou muitos passes e sofreu com os contra-ataques.

Foi em jogada de bola parada, aos 12 minutos, que a Ponte surpreendeu. Willian Magrão arriscou em cobrança de falta ensaiada e teve a ajuda de Julio Cesar: 1 a 0. O goleiro do Timão falhou e não conseguiu segurar o chute rasteiro do rival, acelerado pelo campo molhado.

Em desvantagem, o Timão partiu para cima em busca do empate. Mas de maneira desorganizada e pouco criativa. Embora estivesse com 67% de posse de bola contra 33% na primeira metade da etapa inicial, o Corinthians não conseguia levar perigoso. Bem diferente da Ponte Preta, que assustou na maioria das vezes que chegou à área corintiana.

Tanto que a Macaca conseguiu ampliar sua vantagem ainda antes do intervalo. Aos 34 minutos, após cruzamento de Uendel da esquerda, Roger apareceu com oportunismo e completou para o fundo do gol.

- Pode ser surpresa para muitos, mas para nós não é. Chegamos aqui com condições para ganhar - declarou o atacante da Ponte.

Pressão e confusão

Apesar da preocupação com os pendurados, Gilson Kleina, que teve cinco jogadores advertidos com cartão amarelo no primeiro tempo, não mudou a Ponte Preta para a etapa final. Preferiu manter o esquema que vinha dando certo. Tite, por sua vez, fez duas alterações. Sacou Danilo e Jorge Henrique e mandou a campo Douglas e Alex na tentativa de aumentar a criatividade.

O Corinthians sufocou a Macaca no campo de defesa. Continuou, porém, vulnerável nos contra-ataques. Como Tite queria, a bola estava quase sempre nos pés de Douglas e Alex, mas os dois, aparentemente sem ritmo, eram presas fáceis para os marcadores.

A Ponte Preta, aliás, teve duas ótimas oportunidades de ampliar em jogada de velocidade, só que o último passe saiu errado. Em nova tentativa de melhorar, Tite promoveu a terceira alteração no Corinthians: tirou o zagueiro Marquinhos e escalou o atacante Willian.

Sem criatividade, o Corinthians abusava das bolas levantadas na área. E na maioria delas, a defesa da Macaca levava a melhor. A marcação da Ponte Preta era forte. Com o passar dos minutos, a partida cada vez mais virava uma disputa de ataque (do Corinthians) contra defesa (da Ponte Preta).

Demorou, mas o Timão diminuiu aos 29 minutos. Willian recebeu na grande área, chutou cruzado e fez o primeiro do Alvinegro. Os jogadores da Ponte Preta reclamaram porque Renato Cajá estava caído no gramado. No lance anterior, o meia tinha sofrido falta de Douglas, mas o juiz Rodrigo Braghetto deu vantagem já que a bola ficou com a Macaca. O Corinthians recuperou a posse e chegou ao gol. De tanto gesticular, o técnico Gilson Kleina acabou expulso.

O Timão pressionava e a Ponte se defendia. Willian perdeu chance incrível, debaixo do travessão, quando a zaga aliviou o perigo.

Mas, aí, Julio Cesar, que já tinha falhado, voltou a errar. Ao cobrar um tiro de meta baixo, a bola bateu nas costas de Leandro Castán e ficou livre para Rodrigo Pimpão. O atacante invadiu a área, limpou o goleiro com facilidade e fez o terceiro da Ponte. Com 44 minutos do segundo tempo, o 3 a 1 parecia decretar a classificação campineira.

Ainda deu tempo para um golaço de Alex, no lance seguinte, e mais alguma pressão corintiana. Mas a vaga era da Macaca, que calou o Pacaembu com o placar de 3 a 2 e voltou para casa classificada para a semifinal do Campeonato Paulista. Agora, o Corinthians fica dez dias sem jogar e só tem compromisso pela Libertadores da América no dia 2 de maio, quando vai ao Equador enfrentar o Emelec pelas oitavas de final da competição internacional. 
GLOBO ESPORTE  

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