terça-feira, 24 de abril de 2012

REJEITADO, EDER VIRA "HOMEM BOMBA" E PROMETE ABRIR A BOCA CONTRA DESAFETOS


 O ex-secretário especial da Secopa, Eder de Moraes, demitido do cargo na semana passada pelo governador Silval Barbosa (PMDB) depois de muita pressão é, sem dúvida nenhuma, o “homem bomba” de Mato Grosso. Informações de bastidores dão conta de que ele tem confidenciado a pessoas mais próximas que, uma vez confirmada sua saída definitiva do Governo, não vai deixar barato e nem “pagar o pato” sozinho. O executivo vem sendo rejeitado duramente pela classe política para ocupar uma nova função no Governo.

Isso significa dizer queMoraes pode não deixar pedra sobre pedra nessa disputa envolvendo a Secopa, principalmente no que se refere ao jogo de interesses velado com que alguns políticos e empresários vêm tratando as questões que envolvem as obras de mobilidade urbana para a Copa do Pantanal de 2014. “Tem muita gente querendo meter a mão nos recursos que estão sendo liberados. É muito dinheiro e isso desperta a cobiça de quem vive às voltas do poder”, disse um analista político ao comentar o assunto.
 
Pelas conversas de bastidores, alguns deputados, técnicos, secretários de Estado, empresários e até membros do Judiciário não estão medindo consequência para conseguir obter alguma vantagem nesse processo. “O Eder já disse que tem documentos comprovando quem é quem nessa história e que ele não vai servir de bode expiatório. Vai ser na base do ‘bateu, levou’, ou seja para cada ação haverá uma reação”, comentou uma pessoa bastante ligada ao ex-secretário.
 
Por conta de toda essa celeuma, Eder de Moraes está sendo acompanhado 24 horas por dia por dois agentes federais que fazem a sua segurança. De acordo com gente de dentro da cozinha do ex-secretário, até mesmo seu motorista foi afastado por questão de segurança e toda vez que sai de casa quem dirige o carro é um terceiro agente federal.
 
A verdade é que o ex-secretário se tornou uma “bomba” ambulante e conhece a fundo todos os que conspiraram contra sua permanência no cargo (considerado hoje pelo próprio deputado federal Wellington Fagundes, que foi cotado para suceder Eder Moraes, como o mais importante da administração pública de Mato Grosso, pela superexposição do dirigente e pelo volume de dinheiro e obras em andamento), e pode “detonar” qualquer um que ousar atacá-lo.
 
A disputa pelo comando da Secopa deixou de ser apenas pelos holofotes da mídia, agora trata-se de prestígio político e de ganância mesmo. Nas mãos erradas, a Secretaria, mesmo com toda fiscalização que recebe, pode se transformar no maior ralo do dinheiro público da história do Brasil.
Luiz Acosta
Redação 24 Horas News

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