ESPORTES
O secretário-geral da Federação Internacional de Futebol Associados (Fifa), Jérôme Valcke, confirmou sua chegada ao Brasil no dia 12 e visitará as obras da Copa do Mundo em Cuiabá, programada para o dia 15, mesmo com a crise de relacionamento que se instalou entre a entidade e o Governo brasileiro por conta da demora na aprovação da Lei Geral da Copa pelo Congresso Nacional. O dirigente da Fifa também se queixa do ritmo das obras no setor de mobilidade e hotelaria. Problemas que deverá encontrar na inspeção a Capital – se ela acontecer.
A única obra avançada para a Copa do Mundo em Cuiabá é a da Arena do Pantanal. Os indicadores apontam que não haverá atraso. A construção do anel inferior de arquibancadas começou em setembro, com instalação de vigas e degraus. Arquibancadas leste e oeste já têm maior parte da estrutura de concreto instalada. Terraplenagem em fase final de execução. E praticamente só. Os demais empreendimentos previstos causam preocupação.
O bate-boca que se instalou entre Fifa e Governo brasileiro é, em verdade, muito parecido com o que ocorreu na semana passada entre o senador José Pedro Taques, do PDT, e o secretário Extraordinário da Copa, Eder Moraes. O senador fez duras criticas da tribuna do Senado contra o Governo estadual, com acusações de falta de transparência. Documentos e informações solicitadas pelo senador não foram encaminhadas pela Secopa. Taques colocou em dúvida a capacidade de o Estado conseguir realizar as obras necessárias e compromissadas.
“O Crea mandou vários ofícios para o Eder Moraes e não recebeu nenhuma resposta. Em agosto de 2011, eu pedi informações a respeito da Copa e até hoje o secretário não respondeu. O que existe é um mentiroso patológico tomando conta de obra da Copa” – disse o senador, que é cáustico quanto a questão envolvendo o Veículo Leve sobre Trilhos, o VLT, considerada a maior obra da Capital para o evento esportivo e de legado. Há temor quanto ao prazo não ser suficiente para implantação do modal. Moraes pensa diferente e classificou o senador como “traficante do medo”.
Pelo sim, pelo não, os temores procedem. Das 72 intervenções previstas pelo Comitê Organizador Local (COL), apenas seis estão em andamento até o momento. Recentemente, o canal especializado em esportes, ESPN, mostrou que as obras não saem do papel e há indícios de superfaturamento e de sobrepreço. O Tribunal de Contas, na semana passada, confirmou a suspensão de um edital suspeito. O cenário que Fifa e COL encontrarão em Cuiabá são pouco animadores para uma cidade que aspirou a possibilidade de sediar jogos da Copa das Confederações, no ano que vem.
A inspeção, no entanto, segue sob dúvidas. O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, garante que não vai receber o executivo da Fifa e exige que a entidade mude o interlocutor. O bate-boca público entre o dirigente e o ministro do Esporte gerou, de um lado, incertezas em relação aos próximos passos na organização da Copa do Mundo de 2014 e, de outro, dúvidas quanto à permanência de Valcke à frente dos preparativos para a competição.
A crise estabeleceu depois que Valcke disse que "as coisas não estão funcionando no Brasil" e criticou, principalmente, os setores de transportes e hoteleiros, além da demora na aprovação da Lei Geral da Copa. No sábado, Aldo Rebelo reagiu. Em coletiva em São Paulo, o ministro garantiu que o governo brasileiro não negocia mais com o dirigente, nem mesmo se ele se desculpar formalmente. De Bagshot, na Inglaterra, onde participou do encontro da International Board, o secretário-geral da Fifa classificou como "infantil" a resposta de Aldo Rebelo e confirmou sua vinda ao Brasil no dia 12 de março.
A troca de farpas expôs ainda mais o mal-estar entre governo e Fifa, segundo o G1. Até o momento, o presidente da entidade, Joseph Blatter, acompanha de longe. Era esperado no Brasil em janeiro, mas não apareceu. Sua visita prevista para março para um encontro com a presidente Dilma Rousseff e para o lançamento do logo do Mundial se tornou incerta. Depende, segundo a entidade, da aprovação da Lei Geral da Copa.
A visita, se mantiver o mesmo padrão das anteriores, terá a presença de Ronaldo Nazário, o Ronaldão, articulador do Comitê Organizador Local, e do ex-jogador Bebeto.
Na agenda, o secretário-geral da Fifa desembarca em São Paulo e segue na companhia dos campeões mundiais para Recife, onde vistoriará a Arena Pernambuco - candidata a receber jogos da Copa das Confederações. No dia seguinte, a comitiva segue para Brasília para visita ao Estádio Nacional Mané Garrincha e permanece até o dia 14, quando está prevista uma reunião entre Fifa, Comitê Organizador Local e governo brasileiro. A visita da Fifa termina no dia 15, com a viagem para Cuiabá.
Edilson Almeida
Redação 24 Horas News
O bate-boca que se instalou entre Fifa e Governo brasileiro é, em verdade, muito parecido com o que ocorreu na semana passada entre o senador José Pedro Taques, do PDT, e o secretário Extraordinário da Copa, Eder Moraes. O senador fez duras criticas da tribuna do Senado contra o Governo estadual, com acusações de falta de transparência. Documentos e informações solicitadas pelo senador não foram encaminhadas pela Secopa. Taques colocou em dúvida a capacidade de o Estado conseguir realizar as obras necessárias e compromissadas.
“O Crea mandou vários ofícios para o Eder Moraes e não recebeu nenhuma resposta. Em agosto de 2011, eu pedi informações a respeito da Copa e até hoje o secretário não respondeu. O que existe é um mentiroso patológico tomando conta de obra da Copa” – disse o senador, que é cáustico quanto a questão envolvendo o Veículo Leve sobre Trilhos, o VLT, considerada a maior obra da Capital para o evento esportivo e de legado. Há temor quanto ao prazo não ser suficiente para implantação do modal. Moraes pensa diferente e classificou o senador como “traficante do medo”.
Pelo sim, pelo não, os temores procedem. Das 72 intervenções previstas pelo Comitê Organizador Local (COL), apenas seis estão em andamento até o momento. Recentemente, o canal especializado em esportes, ESPN, mostrou que as obras não saem do papel e há indícios de superfaturamento e de sobrepreço. O Tribunal de Contas, na semana passada, confirmou a suspensão de um edital suspeito. O cenário que Fifa e COL encontrarão em Cuiabá são pouco animadores para uma cidade que aspirou a possibilidade de sediar jogos da Copa das Confederações, no ano que vem.
A inspeção, no entanto, segue sob dúvidas. O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, garante que não vai receber o executivo da Fifa e exige que a entidade mude o interlocutor. O bate-boca público entre o dirigente e o ministro do Esporte gerou, de um lado, incertezas em relação aos próximos passos na organização da Copa do Mundo de 2014 e, de outro, dúvidas quanto à permanência de Valcke à frente dos preparativos para a competição.
A crise estabeleceu depois que Valcke disse que "as coisas não estão funcionando no Brasil" e criticou, principalmente, os setores de transportes e hoteleiros, além da demora na aprovação da Lei Geral da Copa. No sábado, Aldo Rebelo reagiu. Em coletiva em São Paulo, o ministro garantiu que o governo brasileiro não negocia mais com o dirigente, nem mesmo se ele se desculpar formalmente. De Bagshot, na Inglaterra, onde participou do encontro da International Board, o secretário-geral da Fifa classificou como "infantil" a resposta de Aldo Rebelo e confirmou sua vinda ao Brasil no dia 12 de março.
A troca de farpas expôs ainda mais o mal-estar entre governo e Fifa, segundo o G1. Até o momento, o presidente da entidade, Joseph Blatter, acompanha de longe. Era esperado no Brasil em janeiro, mas não apareceu. Sua visita prevista para março para um encontro com a presidente Dilma Rousseff e para o lançamento do logo do Mundial se tornou incerta. Depende, segundo a entidade, da aprovação da Lei Geral da Copa.
A visita, se mantiver o mesmo padrão das anteriores, terá a presença de Ronaldo Nazário, o Ronaldão, articulador do Comitê Organizador Local, e do ex-jogador Bebeto.
Na agenda, o secretário-geral da Fifa desembarca em São Paulo e segue na companhia dos campeões mundiais para Recife, onde vistoriará a Arena Pernambuco - candidata a receber jogos da Copa das Confederações. No dia seguinte, a comitiva segue para Brasília para visita ao Estádio Nacional Mané Garrincha e permanece até o dia 14, quando está prevista uma reunião entre Fifa, Comitê Organizador Local e governo brasileiro. A visita da Fifa termina no dia 15, com a viagem para Cuiabá.
Edilson Almeida
Redação 24 Horas News
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