domingo, 4 de março de 2012

VIOLÊNCIA CONTINUA CRESCENDO, ASSUSTANDO E REVOLTANDO A POPULAÇÃO



Enquanto a Polícia comemora os baixos números de homicídios, só porque eles foram menos dois ou menos três em janeiro e fevereiro, a população, principalmente comerciantes e empresários alegam que já não agüentam mais tanta violência. Os pontos de venda de drogas, os furtos os assaltos e principalmente os latrocínios: roubos seguidos  de mortes não param de acontecer. Vinte e oito pessoas honestas e trabalhadoras foram mortas por bandidos no ano passado. O ano de 2012 já começa com quatro latrocínios. Aliás, bandidos e traficantes se misturam a um aliado: o mato e casas abandonadas onde eles se reúnem para traçar planos de roubo, furto, tráfico e mortes.
Os números que a Polícia acha baixo, no entanto, são dez vezes maiores que o permitido pelos Direitos Humanos Internacionais. Em 64 dias foram registrados 65 assassinatos, sendo 54 homicídios, quatro latrocínios, e seis casos de lesões corporais graves seguidos de morte.
Um assalto e um furto de dez em dez minutos apenas em Cuiabá em Várzea Grande. Somados, dão seis por hora; 144 por dia e 4.320 por mês. Enquanto isso, as tradicionais e já bastantes conhecidas, inclusive da própria Polícia, a “Bocas de Fumo”, que agora não vendem apenas maconha, mas todos os tipos de drogas, crescem como ervas daninas.
Paralelo à violência, a população também assiste cada dia maia assustada o crescimento dos locais usados por bandidos para usarem drogas, traçarem planos de roubos e até de morte. São as casas abandonadas, os terrenos baldios e as praças públicas, a maioria, principalmente nos bairros mais descentralizadas, mas também nos bairros nobre e nas áreas centrais.Abandona pelo poder público e pelos políticos que só aparecem em época de eleição, uma das praças localizadas na Morada do Ouro, por exemplo, é denunciada pela população como “ponto de encontro de bandidos, que se reúnem para usar drogas e traçar seus planos de violência.
Na Morada da Serra também existem dezenas de praças abandonadas, assim como canteiros centrais de avenidas, todos ousados, principalmente por traficantes e usuários de drogas, dia e noite. As casas abandonadas também se espalham por toda Cuiabá e Várzea Grande, inclusive em bairros mais nobres e nas áreas centrais dessas duas cidades.
Aliás, foi numa das praças abandonadas na Morada do Ouro que uma “mãe” deu à luz , ou abandonou um feto de seis meses em plena luz do dia na manhã deste sábado (3). “Aqui tem de tudo. De feto a planejamento de roubos. Sem contar que é aqui que os usuários de reúnem para cheirar cocaína, queimar crack e fumar maconha. A Polícia passa e não está nem ai para a bagaceira. E a gente é que sofre, tudo pelo abandono da praça”, denunciou uma moradora.
Revoltada com a falta de policiamento e o descaso do poder público e dos maus-políticos, dona Maria, uma mulher de 76 anos, moradora do bairro Dom Aquino, matriarca de uma família que já teve duas pessoas assassinadas pelo tráfico de drogas desabafa e cobra das autoridades para que combata o tráfico de drogas com muito rigor como solução para a diminuição da violência.
- “Não existem soluções para os nossos problemas. Perdi dois parentes e conheço dezenas de mães e avós que também até hoje sofrem com os mesmos problemas aqui e nos outros bairros. Só vejo a cadáver estendido no meio da rua ou em terrenos baldios. Só vejo é a imprensa falar e escrever que o tráfico de droga matou ou mandou matar e ninguém faz nada. Gente, meu marido era policial e ele sempre dizia que a Polícia só iria baixar a violência quando baixasse o tráfico. E isso nunca aconteceu por o tráfico só aumenta e o tráfico só mata. Talvez se amanhã os traficantes matarem um filhinho de papai da alta sociedade. Ai sim, pode ser que as coisas mudem”.
José Ribamar Trindade
Redação 24 Horas News

0 comentários:

Postar um comentário

Visite