O vigilante João Jorge Padilha dos Santos, 53 anos, ficou cerca de dois minutos cara a cara com uma onça, ontem à noite, no centro de Sorriso. Em entrevista ao Só Notícias, o trabalhador contou que estava chovendo e resolveu se abrigar em uma estrutura construída pela própria empresa, na esquina das ruas Olavo Bilac com a Desbravadores, no bairro Nobre, quando ouviu um barulho. Ele saiu do abrigo, verificou os arredores e não encontrou nada, mas logo depois, quando retornou, viu uma onça, de aproximadamente 60 centímetros, sair de um terreno baldio e ir em direção a uma casa.
"Ela estava andando, acho que até então não tinha me visto, mas logo ela se virou para mim e ficou em posição de ataque. Como a gente ouve que se você virar as costas para um animal, ele pode te atacar, fiquei quieto, parado, olhando para ela por um período, que no relógio passou rápido, mas para mim foram os mais longos minutos da minha vida".
"Ela estava andando, acho que até então não tinha me visto, mas logo ela se virou para mim e ficou em posição de ataque. Como a gente ouve que se você virar as costas para um animal, ele pode te atacar, fiquei quieto, parado, olhando para ela por um período, que no relógio passou rápido, mas para mim foram os mais longos minutos da minha vida".
Ele conta que o animal era pardo e não era filhote, mas também não era muito velho. "Pensei em fugir de moto, mas ela estava estacionada em direção ao abrigo e não tem partida elétrica, com certeza neste meio tempo ela poderia me atacar". Logo depois que a onça saiu, João ligou para a Polícia Militar e para o Corpo de Bombeiros solicitando apoio.
Porém, os bombeiros e policiais fizeram a vistoria no local, mas não encontraram pistas do animal. "Logo depois que eles saíram, o proprietário de uma das casas disse que viu o animal atravessar a rua e ir em direção a avenida Brasil, acho que deve ter ido no Parque Ecológico Municipal", disse o vigia que cuida de aproximadamente 30 residências da região central.
Mesmo assustado, João disse que vai continuar trabalhando, mas acredita que o animal deve ter vindo mais vezes para o centro da cidade. "Se ela veio até aqui é porque deve saber o caminho e acho que ela pode voltar".
No final de janeiro, o caminhoneiro Alex Eduardo Petkovicz, 33 anos, foi atacado por uma onça no centro de Ipiranga do Norte. Ele teve que fazer mais de cem pontos só na cabeça, sendo que o animal também o machucou nos dois braços.
Fonte: Só Notícias/Aline Dessbesell, de Sorriso
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