segunda-feira, 12 de março de 2012

POLICIA DESCOBRE PLANO PARA RESGATAR POLICIAL CRIMINOSO DO PRESÍDIO MILITAR



A cúpula da Segurança Publica em Mato Grosso abortou uma das mais audaciosas tentativas de resgate, orquestrada para libertar o  policial militar Jone Antonio Ferreira, o Jone, 28 anos,  acusado de  ser um dos lideres de uma quadrilha que assaltava malotes com dinheiro na cidade de Cáceres, no Oeste do Estado. O policial se encontra recolhido no Presídio Militar de Santo Antônio do Leverger, o "Cadeião", a 28 quilômetros de Cuiabá. Além dele, outro policial militar Paulo Cezar Barbosa, o “Barbosa”, também está  no cárcere militar pelo mesmo motivo.
Os dois foram condenados a 10 anos de reclusão com recomendação ordenada pelo juiz Carlos Roberto Campos, da 3ª Vara Criminal de Cáceres de perda da farda.
De acordo com  o Serviço Reservado da Policia Militar, o soldado seria resgatado por um grupo armado capaz de render a guarda externa, e levado ao território boliviano. Com a descoberta do plano, o policial de “farda suja” acabou sendo levado para outro presídio – não revelado por motivos de segurança.
Tão logo foram presos,  no mês de março do ano passado,  familiares de Barbosa e de Ferreira, recorreram ao Comando da Policia Militar em Cáceres, solicitando dos comandantes militares,  coronel Cilson Oliveira e do major Adalberto Gonçalves, que mantivessem os dois no município, pedido que foi negado. A época já se cogitava uma possível fuga da dupla.
Além disso, a convivência deles ainda que presos não seria recomendada  pelo fato de terem sido presos por um membro da corporação.
A ação desses dois militares começou a ser desarticulada em 20 de março do ano passado, quando tentaram roubar um malote com cerca de R$ 78 mil em dinheiro, pertencente ao empresário Paulo Dias, dono de uma rede postos de gasolina em Cáceres. O empresário reagiu ao assalto, foi baleado no tórax, e seu gerente Antonio Costa Leite, conseguiu desarmar um dos bandidos.
O fato ocorreu por volta do meio dia na área central de Cáceres, entre os bancos Bradesco e Caixa Econômica Federal. Populares, com auxilio de um policial militar, conseguiram prender um dos comparsas do bando. Ele acabou delatando os demais, apontando em depoimento a policia e a Justiça que Jone Ferreira e Barbosa, eram chefes da organização. E mais: esse mesmo delator confessou outros crimes como o assalto a Real Distribuidora de Bebidas, que teria rendido ao grupo R$ 80 mil, naquele mesmo ano.
No decorrer das investigações a Policia Civil apurou que o bando monitorava a rotina das vitimas, que eram escolhidas pelos dois chefes.
Uma das vitimas o empresário Paulo Dias, ficou 7 meses internado em Cuiabá  ao ser alvejado com três tiros, ao reagir ao assalto. Já recuperado, ele  evita comentar o assunto,  mas resumiu o fato em tom de alivio dizendo tem duas datas de aniversário: “Uma profunda gratidão com meu funcionário e com as autoridades policiais que agiram rapidamente, como eu outras pessoas poderiam ser vitimas dessa quadrilha, cujos lideres usavam a farda para praticar crimes brutais” - observou.
João Arruda
de Cáceres

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